diário de um arquitecto

[proíbido falar de arquitectura]


fera ferida...

"Acabei com tudo escapei com vida tive as roupas e os sonhos rasgados na minha saída... Mas saí ferido sufocando o meu gemido fui o alvo perfeito muitas vezes no peito atingido... Animal arisco, domesticado esquece o risco, me deixei enganar e até me levar por você... Eu sei quanta tristeza eu tive mas mesmo assim se vive morrendo aos poucos por amor, eu sei o coração perdoa mas não esquece à toa e eu não me esqueci... Não vou mudar esse caso não tem solução sou fera ferida no corpo, na alma e no coração... Eu andei demais não olhei prá trás era solto em meus passos bicho livre, sem rumo sem laços!... Me senti sozinho tropeçando em meu caminho à procura de abrigo, uma ajuda, um lugar, um amigo... Animal ferido por instinto decidido os meus rastros desfiz tentativa infeliz de esquecer... Eu sei que flores existiram mas que não resistiram a vendavais constantes, eu sei que as cicatrizes falam mas as palavras calam o que eu não me esqueci... Não vou mudar esse caso não tem solução sou fera ferida no corpo, na alma e no coração..."
roberto carloserasmo carlos