diário de um arquitecto

[proíbido falar de arquitectura]


nunca se morre em janeiro...

"janeiro não é mês para morrer,
nem o mar nem a luz são
propícios - parece que vai nevar.
mesmo assim tu decidiste
que seria a última esta tarde:
vias uma criança escalar o muro
do verão, e sorrias - há muito tempo."

eugénio de andrade

WHEN I FALL IN LOVE IT WILL BE FOREVER
OR I'LL NEVER FALL IN LOVE
IN A RESTLESS WORLD LIKE THIS IS
LOVE IS ENDED BEFORE IT'S BEGUN
AND TOO MANY MOONLIGHT KISSES
SEEM TO COOL IN THE WARMTH OF THE SUN
WHEN I GIVE MY HEART IT WILL BE COMPLETELY
OR I'LL NEVER GIVE MY HEART
AND THE MOMENT I CAN FEEL THAT YOU FEEL THAT WAY TOO
IS WHEN I FALL IN LOVE WITH YOU.
AND THE MOMENT I CAN FEEL THAT YOU FEEL THAT WAY TOO
IS WHEN I FALL IN LOVE WITH YOU.

clown face...





makes me laugh
makes me laugh
makes me laugh
makes me laugh
makes me laugh
makes me laugh
makes me laugh
makes me laugh
makes me laugh
makes me laugh

com que voz...

Com que voz chorarei meu triste fado,
que em tão dura prisão me sepultou,
que mor não seja a dor que me deixou
o tempo, de meu bem desenganado?

Mas chorar não se estima neste estado,
onde suspirar nunca aproveitou;
triste quero viver, pois se mudou
em tristeza a alegria do passado.

Assi a vida passo descontente,
ao som nesta prisão do grilhão duro
que lastima o pé que o sofre e sente!

De tanto mal a causa é amor puro,
devido a quem de mi tenho ausente
por quem a vida, e bens dela, aventuro.

luís vaz de camões

?

...que mais te posso dar?
que mais queres tu de mim?
[eu só tenho de ti mentiras tuas...]
se tu ainda queres mais
os restos aí vão...
- só tenho para te dar o meu perdão...

não viste um amor infinito...

...somente um par de algemas...



adeus amor que cresci já pouco me tens a dizer já bebi tudo de ti que de bom tinha a beber adeus amor vou embora não me impeças por favor sabes que só vou agora porque dei tempo ao amor não suporto o teu modo carinhoso e paternal no tom de quem sabe tudo sem saber o essencial adeus amor já me cansa a canção do teu cinismo essa pose de quem dança sempre à beira do abismo adeus amor que cresci pouco me tens a dizer já bebi tudo de ti e há mais mundo a beber não suporto o teu modo carinhoso e paternal no tom de quem sabe tudo sem saber o essencial

desilusão

... mais
desilusão.

the letter...

...podias deixar de fazer da vida
um ciclo vicioso
harmonioso ao teu gesto mimado
e à palma da tua mão...





...desculpa se te fiz fogo e noite
sem pedir autorização por escrito
ao sindicato dos deuses
...desculpa se te usei
como refúgio dos meus sentidos
pedaço de silencios perdidos
que voltei a encontrar em ti...
o tiro passou-me ao lado...
ainda magoas alguém...

llorando...

às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes!
e eu acreditava.
acreditava,
porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.

hoje são apenas os meus olhos.
é pouco, [triste] mas é verdade:
uns olhos como todos os outros.

eugénio de andrade

avant la haine...

...mais tu m'embrasses et ça passe

je vois bien

on s'débarrasse pas de toi comme ça...

tout peut s'oublier...

...je me cacherai là a te regarder danser et sourire et à t'écouter chanter et puis rire laisse-moi devenir l'ombre de ton ombre l'ombre de ta main...

recuerdos...



A veces gris, a veces blanco
Todo depende del lugar
[...]


Que yo me fui, eso está claro, pero tu recuerdo no se va [...]



Pero yo le puse una velita a to’s mis santos
Ahí está, pa’ que pienses mucho en mí
No dejes de pensar en mí...

chamava-se carmencita...

[chamava-se carmencita
a cigana mais bonita
do que um sonho, uma visão
diziam que era a cigana,
mais linda da caravana,
mas não tinha coração.
os afagos e carinhos
perdeu- os pelos caminhos
sem nunca os ter conhecido
e anda buscando a aventura
como quem anda a procura
de um grão de areia perdido.
numa noite de luar,
ouviram o galopar
de dois cavalos fugindo
carmencita, linda graça
renegando a sua raça,
foi atrás de um sonho lindo.
só esta canção magoada
se envolve no pó da estrada
quando passa a caravana
carmencita, carmencita
se não fosses tão bonita,
serias sempre cigana.]

gastas... as palavras...


dentro de ti
não há nada

que me peça água...

pois que deus assim o quis...

amei como nunca
amei...
fui louco?
não sei, talvez...
mas por pouco, muito pouco
eu voltaria a ser louco...

Holmes Place nega irregularidades...

Holmes Place nega irregularidades
Clientes dos ginásios queixam-se à Deco devido à taxa do IVA
O anúncio da descida do IVA aplicável aos ginásios e eventual redução de preços está a lançar a confusão entre muitos clientes que dizem estar a pagar o mesmo, de acordo com a Deco que na última semana recebeu 15 queixas e 15 pedidos de informação, noticia a Lusa.
Jornal de Negócios com Lusa

O anúncio da descida do IVA aplicável aos ginásios e eventual redução de preços está a lançar a confusão entre muitos clientes que dizem estar a pagar o mesmo, de acordo com a Deco que na última semana recebeu 15 queixase 15 pedidos de informação, noticia a Lusa.
A confusão gerou-se depois de o secretário de Estado da Juventude e do Desporto, Laurentino Dias, ter anunciado em Dezembro que o preço dos ginásios iria baixar por via da Lei do Orçamento de Estado de 2008, que veio clarificar que os ginásios devem cobrar IVA à taxa de 5%, quando antes o valor podia atingir os 21%.
Uma vez que os contratos celebrados entre os consumidores e as empresas não podem ser alterados unilateralmente, muitos clientes dos ginásios esperaram que em Janeiro os preços baixassem automaticamente com a entrada em vigor da clarificação sobre o IVA.
No entanto, os preços praticados por muitas das principais cadeias de ginásios em Lisboa parecem ter-se mantidos inalterados.
De acordo com o jurista da Associação Portuguesa para a Defesa dos Consumidores (DECO), Paulo Fonseca, "poderá estar a existir um aproveitamento da descida do IVA para um aumento de preços dos serviços prestados".
Para o jurista, caso se venha a confirmar esta realidade o consumidor estará perante uma "situação abusiva que viola o contrato celebrado".
Na última semana chegaram à Deco 15 pedidos de informação sobre a situação dos ginásios, que questionam a legalidade de os ginásios criarem novas taxas para manterem ou subirem os preços.
Paulo Fonseca explica que no contrato celebrado com o ginásio está definida a mensalidade a pagar e que por isso os ginásios não podem unilateralmente definir novas taxas que não estejam previstas nos contratos.
"A criação de novas taxas seria um aproveitamento ilícito da medida [anunciada pelo secretário de Estado do Desporto], que aplaudimos uma vez que com ela se pretende promover o direito à saúde e angariar novos clientes", lembrou o jurista. Ou seja, um ginásio que aplicasse uma taxa de 21% no ano passado teria automaticamente que baixar o preço da mensalidade em Janeiro, uma vez que a taxa agora é de 5%.
No entanto, uma das maiores cadeias de ginásio a funcionar em Portugal, o Holmes Place, que é o alvo das 15 queixas que chegaram à DECO, manteve os mesmos preços e explica porquê: já estava a "aplicar a taxa de 5% desde Fevereiro de 2007".
Para os responsáveis do Holmes Place, a Lei do Orçamento de Estado (OE) não veio baixar o IVA, "que sempre foi de 5%", mas apenas "clarificar o texto da Lei e alargar o âmbito de aplicação".
Garantindo que aplica a taxa de 5% desde o ano passado, a cadeia diz ter aplicado o dinheiro "na melhoria dos serviços a prestar aos seus associados e na oferta de descontos significativos", nomeadamente de 25 por cento "nas adesões em grupo".
A multinacional sustenta em comunicado que, desde 2007, desenvolve um "vultuoso investimento" em recursos humanos, instalações e equipamentos.
No texto, o Holmes Place recorda sempre ter entendido que a taxa de IVA a aplicável era de 5% e que desde 2002 "intercedeu junto do Estado Português para que confirmasse o seu entendimento".
"Só em 2006, os serviços do IVA regulamentaram o assunto com carácter geral, e de forma insatisfatória para a Holmes Place (Ofício-Circulado nº30.088)", acrescenta.

...é tão difícil de entender.

no meu peito, já me ficou no meu peito...


...este jeito, o jeito de te querer tanto!



Entre nós e as palavras há metal fundente

entre nós e as palavras há hélices que andam

e podem dar-nos morte violar-nos tirar

do mais fundo de nós o mais útil segredo

entre nós e as palavras há perfis ardentes

espaços cheios de gente de costas

altas flores venenosas portas por abrir

e escadas e ponteiros e crianças sentadas

à espera do seu tempo e do seu precipício

Ao longo da muralha que habitamos

há palavras de vida há palavras de morte

há palavras imensas, que esperam por nós

e outras, frágeis, que deixaram de esperar

há palavras acesas como barcos

e há palavras homens, palavras que guardam

o seu segredo e a sua posição

Entre nós e as palavras, surdamente,

as mão e as paredes de Elsinore

E há palavras nocturnas palavras gemidos

palavras que nos sobem ilegíveis à boca

palavras diamantes palavras nunca escritas

palavras impossíveis de escrever

por não termos connosco cordas de violinos

nem todo o sangue do mundo nem todo o amplexo do ar

e os braços dos amantes escrevem muito alto

muito além do azul onde oxidados morrem

palavras maternais só sombra só soluço

só espasmos só amor só solidão desfeita

Entre nós e as palavras, os emparedados

e entre nós e as palavras, o nosso dever falar.

mário cesariny

it's hard to believe...

quebramos os dois

videoclip

"Era eu a convencer-te que gostas de mim
e tu a convenceres-te que não é bem assim...
Era eu a mostrar-te o meu lado mais puro
e tu a argumentares os teus inevitáveis

Eras tu a dançares em pleno dia
e eu encostado como quem não vê
Eras tu a falar para esconder a saudade
e eu a esconder-me do que não se dizia

... afinal quebramos os dois...

Desviando os olhos por sentir a verdade
juravas a certeza da mentira
mas sem queimar demais
sem querer extinguir o que já se sabia

Eu fugia do toque como do cheiro
por saber que era o fim da roupa vestida
que inventara no meio do escuro onde estava
por ver o desespero na cor que trazias...

... afinal quebramos os dois...

Era eu a despir-te do que era pequeno
e tu a puxares-me para um lado mais perto
onde contamos histórias que nos atam
ao silêncio dos lábios que nos mata...!

Eras tu a ficar por não saberes partir...
e eu a rezar para que desaparecesses...
Era eu a rezar para que ficasses..
e tu a ficares enquanto saías.
... não nos tocamos enquanto saías.
não nos tocamos enquanto saímos.
não nos tocamos e vamos fugindo
porque quebramos como crianças

...afinal quebramos os dois...

...e é quase pecado o que se deixa...
...quase pecado o que se ignora... "



"Junho chegara ao fim, a magoada
luz dos jacarandás, que me pousava
nos ombros, era agora o que tinha
para repartir contigo,
e um coração desmantelado
que só aos gatos servirá de abrigo."
eugénio de andrade

...que a canção estava a falar.

breath me...

Help, I have done it again

I have been here many times before

Hurt myself again today

And, the worst part is there's no-one else to blame

Be my friend

Hold me, wrap me up

Unfold me

I am small

I'm needy

Warm me up

And breathe me

Ouch I have lost myself again

Lost myself and I am nowhere to be found,

Yeah I think that I might break

I've lost myself again and I feel unsafe

Be my friend

Hold me, wrap me up

Unfold me

I am small

I'm needy

Warm me up

And breathe me

Be my friend

Hold me, wrap me up

Unfold me

I am small

I'm needy

Warm me up

And breathe me