diário de um arquitecto

[proíbido falar de arquitectura]


waterfall

And we're holdin' up
I was tearin' up
Could we lose it all?
In a day or two?
But just listen up
This is all I've got
Could I spend it all?
On this Waterfall?
Ohh
It was queit before
But now it's pullin' us in for more
You're out of your mind
But it's delivered back, just in time
Beyond yourself(?)
And we're holdin' up
I was tearin' up
Could we lose it all?
I was losin' strong
Just listen up
This is all we've
Can I spend it all?
On this Waterfall?
Ohh

Without Gravity

o gato malhado e a andorinha sinhá...

“O Gato Malhado era a sombra na vida clara e tranqüila da Andorinha Sinhá. Por vezes estava cantando uma das lindas canções que aprendera com o Rouxinol, e, de súbito, parava porque via (às vezes adivinhava) o grande corpo do Gato que passava em caminho do seu canto predileto. Ia então pelo ares, seguindo-o devagar, e, em certa tarde, divertiu-se muito a atirar-lhe gravetos secos sobre o dorso. O Gato dormia, ela estava bem escondida entre as folhas da jaqueira, rindo a cada graveto que acertava nas costas do Gato, levando o preguiçoso a abrir um olho e mirar em torno. Mas logo o cerrava, pensando tratar-se de alguma brincadeira idiota do Vento. De há muito, o Gato Malhado aprendera que não adianta correr atrás do Vento para dar-lhe com a pata. O melhor era deixá-lo cansar-se da brincadeira. Mas naquele dia, como a coisa continuasse, resolveu ir embora. A Andorinha Sinhá retirou-se também, contente com a peça que pregara ao temido Gato Malhado. [...]
Devo concluir que o Gato Malhado, de feios olhos pardos, de escura fama de maldade, havia se apaixonado? Agora que ele e Andorinha dormem, que só a Velha Coruja está acordada, permito-me filosofar um pouco. É um direito universalmente reconhecido aos contadores de histórias e devo usá-lo pelo menos para não fugir à regra geral. Desejo dizer que há gente que não acredita em amor à primeira vista. Outros, ao contrário, além de acreditar afirmam que este é o único amor verdadeiro. Uns e outros têm razão. É que o amor está no coração das criaturas, adormecido, e um dia qualquer ele desperta, com a chegada da primavera ou mesmo no rigor do inverno. Na primavera é mais fácil, mas isso já é outro tema, não cabe aqui.”

momentos...

Bem tanta coisa é tão escondida Que você não quer nem mais lembrar Quem sabe talvez só você queira Tanto tanto esconder Tudo vai terminar Tudo era um tormento Deixa isso tudo passar Vem viver este momento dos momentos Agora não tem mais não tem mais nada que eu possa alcançar Só dentro do meu peito Eu quase paro Eu não paro de me atormentar Mas deixe isso tudo pra lá Tudo era um momento Deixe isso tudo lavar Vem viver este momento dos momentos ah sim guarda para sempre sempre sim guarda dos momentos Tudo vai terminar Tudo era um momento Deixe isso tudo pra lá Vem viver este momentos dos momentos Tem que reciclar Deixe isso tudo pra lá...

...


hoje roubei todas as rosas dos jardins
e cheguei ao pé de ti de mãos vazias...
eugénio de andrade

the game...


Mais um dia em vão no jogo em que ninguém ganhou
Dá mais cartas, baixa a luz e vem esquecer o amor
És tu quem quer
Sou eu quem não quer ver que o tudo é tão maior
Aqui está frio demais para apostar em mim.

Vê que a noite pode ser tão pouco como nós
Neste quarto o tempo é medo e o medo faz-nos sós
És tu quem quer
Mas eu só sei ver que o tempo já passou e eu fugi
Que aqui está frio demais para me sentir... mas queres
ficar?

Queres levar
Tudo o que é meu
É tudo o que eu
Não sei largar

Vem rasgar o escuro desta chuva que sujou!
Vem que a água vai lavar o que me dói!
Vem que nem o último a cair vai perder.

put me in your supermarket list...

You're never with me
you're never near me
What time is it?
What time?
Whose time is this?
Give yourself a chance to breathe
I'll give you the room you need...
You're never here
You're never near here
What day is this?
What day?
Whose day is this?
Put me in your supermarket list...
I'm here, I'm real, it's true, I do exist
Today you may feel a little sleepy
Maybe the morning is too soon
I guess I'll have to borrow
One of your sunny afternoons
But afternoons they never come
There's nothing left for me to borrow
I guess I'll try again tomorrow...

You're wasting me
You're breaking, you're wasting me
Can this be love?
Is this?
Whose love is this?What is wrong with you?
I don't know
No place in you for me
And me, I need you so
And if you want to be by yourself
No one disturbing, that's alright
I guess I'll have to borrow
A little of yourself tonight
But tonight it never comes
There's nothing left for me to borrow
I guess I'll try again tomorrow...

It may seem a little hollow
But I'll try again tomorrow
There's nothing left for me to borrow
I guess I'll try again tomorrow...