
separação
Publicado sexta-feira, março 20, 2009eu tinha um melro...
Publicado sexta-feira, março 13, 2009que é um achado.
De dia dorme,
à noite come
e canta o fado.
E, lá no prédio,
ouvem cantar...
E já desconfiam
que escondo alguém
para não mostrar.
Eu tenho um melro,
lá no meu quarto.
Não anda à solta,
porque, se ele voa,
cai sobre os gatos.
Cortei-lhe as asas
para não voar.
E ele faz das penas
lindos poemas
para me embalar.
Melro, melrinho,
e se acaso alguém te agarrar,
diz que não andas sozinho
que és esperado no teu lar.
Melro, melrinho
e se, por acaso, alguém te prender,
não cantes mais o fadinho,
não me queiras ver sofrer.
E não voltes mais,
que estas janelas não as abro nunca mais.
Eu tenho um melro
que é um prodígio.
Não faz a barba,
não faz a cama,
descuida o ninho...
Mas canta o fado
como ninguém.
Até me gabo
que tenho um melro
que ninguém tem.
Eu tenho um melro...
[Que é um homem!]
Não é um homem...
[E quem há-de ser?!]
É das canoras aves
aquela que mais me quer.
[Deve ser homem!]
Ah, pois que não!
[Então mulher...]
Há de lá ser!?
É só um melro
com quem dá gosto adormecer.
Melro, melrinho...[refrão]
E não voltes mais,
que a tua gaiola serve a outros animais."
no more i love yous
Publicado quinta-feira, março 12, 2009un mundo raro...
Publicado terça-feira, março 10, 2009Y de ilusiones
Y te ofrezcan un sol
Y un cielo entero
Si te acuerdas de mí
No me menciones
Porque vas a sentir
Amor del bueno
Y si quieren saber
De tu pasado
Es preciso decir una mentira,
Dí que vienes de allá
De un mundo raro,
Que no sabes llorar,
Que no entiendes de amor
Y que nunca has amado.
Porque yo a donde voy,
Hablaré de tu amor
Como un sueño dorado
Y olvidando el rencor
No diré que tu adiós
Me volvio desgraciado.
Y si quieren saber
De mi pasado,E
s preciso decir otra mentira,
Les diré que llegué
De un mundo raro,
Que no sé del dolor,
Que triunfé en el amor
Y que nunca he llorado."
chavela
a noite passada
Publicado segunda-feira, março 09, 2009A noite passada acordei com o teu beijo descias o Douro e eu fui esperar-te ao Tejo vinhas numa barca que não vi passar corri pela margem até à beira do mar até que te vi num castelo de areia cantavas "sou gaivota e fui sereia" ri-me de ti "então porque não voas?" e então tu olhaste depois sorriste abriste a janela e voaste. A noite passada fui passear no mar a viola irmã cuidou de me arrastar chegado ao mar alto abriu-se em dois o mundo olhei para baixo dormias lá no fundo faltou-me o pé senti que me afundava por entre as algas teu cabelo boiava a lua cheia escureceu nas águas e então falámos e então dissemos aqui vivemos muitos anos. A noite passada um paredão ruiu pela fresta aberta o meu peito fugiu estavas do outro lado a tricotar janelas vias-me em segredo ao debruçar-te nelas cheguei-me a ti disse baixinho "olá", toquei-te no ombro e a marca ficou lá o sol inteiro caiu entre os montes e então olhaste depois sorriste disseste "ainda bem que voltaste".